A imprensa tem divulgado intensamente o projeto de lei que proíbe a palmada na educação das crianças. Que tema polêmico! A palmada de fato não é um dispositivo eficiente para educar as crianças, que diferentemente dos animais de estimação, pensam e se constituem subjetivamente, e portanto podem aprender o que é certo e errado a partir da experiência e de um bom modelo dos adultos e não de um condicionamento: uma malcriação – um tapa / um bom comportamento – um doce.
Por outro lado, será que é a lei que vai garantir uma postura equilibrada e sensata dos pais diante de seus filhos?
Quem tem filhos e os ama sabe que, mesmo com as mais profundas convicções de que não se educa bem ninguém com tapa, algumas vezes as crianças nos tiram do sério... E podemos ser “violentos” com palmadas ou com atitudes, palavras etc. As relações de amor comportam em si uma certa dose de agressividade, de energia, que nos faz ter forças para acordar de madrugada, para ler dez vezes a mesma história, para lembrar diariamente que é preciso escovar os dentes.
A lei já prevê punição para qualquer cidadão que cometa maus-tratos ou imponha castigos físicos contra uma criança. Será que é necessária outra lei? Vale a pena ler também: um artigo do Prof.
Lino de Macedo e outro do
Contardo Calligaris, ambos também citados no blog da
Escola da Vila
um abraço
Vitória